Angústia plangente.
Me consome.
Me atiça os sentidos.
Me sufoca.
Agita.
Quase me mata.
Solilóquio na noite vazia.
Me visita.
Minha angústia o conhece.
Convida para entrar.
serve um chá.
Faz de meu corpo sua morada.
Enquanto posso suportá-lo.
Pois chegado é o tempo.
De nos despedirmos.
Despedia, sem choro.
Sem abraço.
Em festa,
chego a soltar confetes.
Como quem vai a praça.
Dar o ar da graça.
E pedir a graça das moças.
O sorriso volta.
Só não sabe se fica.
Está em desacordo,
com os olhos.
Nos lábios, o sorriso.
No olhar, a angústia!
(Dagmá Queiroz e Leticia Borges)
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