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de maio de 2011 nosso primeiro encontro., Foi numa quinta-feira de outono. Eu com os lábios avermelhados,
óculos escuro e uma garrafa de Smirnoff “hot” na mão. Você sentado feito um
índio, olhando meio que de lado um pouco
acanhado, porém bem penteado. Fiquei meio perdida, eu ali mini vestida sem
saber como cumprimenta-lo. Você logo deu
um jeito, me presenteou com um beijo daqueles bem estalados. Fomos caminhando
pelo verde pensando num outro verde. Falamos de assuntos tortos, de pedaços
tristes de nossa pouca vida. Olhamos para o lago, pisamos na grama proibida,
vimos um coelhinho e o imaginamos assado. (rs...) Fomos para o bosque, te
apertei, te aliciei, você aparentemente gostou, me mordeu e me encoxou. Depois de tanta bagunça entre as moitas
saímos do bosque, atolamos o pé na lama, você ficou meio bravo, mas logo
sorrio. Foram tantos beijos. Beijos fortes coisa nossa, capazes de sugar mel e
amarrotar o carmim dos lábios. Depois disso nos vimos algumas outras vezes, te
fiz café, te roubei beijos, fiquei com os bicos ouriçados, com os cabelos
engrenhados e com as pernas entrelaçadas.
Dia 17/06 vai fazer um ano que não nos vemos, mas ainda lembro-me de
teus olhos amendoados, de teus lábios invocados, de tuas mãos com cheiro de
cigarro, de teu sexo, de teu Eu. Sinto falta das loucuras, das ideias, dos
filmes bestas, das conversas mal acabadas, de tudo. Espero que um dia possamos
nos rever, pois teus olhos escondem o segredo do mel e do fel. Cuide-se meu
menino repente.
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