Olhos em felpa,
que se abrem por vaidade.
Três peles.
Poros fechados.
Num leque em corpo finito.
Que joga piscadas para o fim.
Ganja, lírio, psilocybe.
O gosto de mil:
Estimulado por saliva,
pernas,
aço,
Língua.
Escorre entre o leque.
Do pássaro que não voa
e não canta.
Que por lamento interno:
Sopra na brisa o amargo
de não ser complemento de ceia
por ilusória perfeição.
27.12.13
23.12.13
Hélicon em lábios
Gaste teus lábios em meu corpo frio.
Quero-te por ser ópio,
Tigresa,
Melindra.
Por minhas noites em prazer solo:
Violão,
Ponta,
Poema.
Talvez eu te queira por luxo.
Talvez não te queira por nada.
Não sou de entender o suposto querer.
Atualmente: Quero...
Não só olhar para teus compridos
e castanhos olhos.
Nem só beijar teus lábios
desenhados por natureza.
Nem mesmo ter teu corpo sobre o meu
ou o meu sobre o teu.
É claro; quero que venha com tudo.
Mas de fato oque quero mesmo
é mais uma vez mergulhar
nesse teu raso profundo:
Hipocrene.
Poça.
Gota.
Lágrima.
17.12.13
insânia
Vivo de pontas.
Surtos momentâneos.
Cabelos engrenhados.
Não espero perfeição.
Quero o gosto,
Amargo,
Múltiplo,
Extremo.
Entre tragos.
Goles,
Suspiros,
gemidos.
Sou o anjo de lábios vermelhos.
Ideias torcidos.
Corpo fechado.
Asas roídas.
Beijo-te em público.
Quero algo além lábios.
Quero algo,
além de tudo..Ensandecer
1.12.13
Escarro
Vire teus olhos para o lado oposto
Veja tua desgraça.
Salive teu sabor de ópio.
Seja mais do que qualquer outro.
O mundo despedaça-se.
Ao tentar bater de frente
Com tuas loucas ideias.
Teu falho e amarelado sorriso.
Tua pele gasta, curtida de sol.
Não é apenas um nome e um corpo.
É um pensar.
Um gosto.
Um gemido.
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