Perdidos e impuros que somos,
nos divertimos sobre a bandeja de Salomé.
Corroídos entre os dentes de Locanaan.
Com as pupilas reviradas
para mirar os olhos dela.
Fome feminina,
que aprecia o mundo com a língua:
-Deixe-me morrer entre os seios murchos
das velhas desesperadas.
Entregue-me em pedaços
para os ventos fracos
que colocam sobras nas bocas dos miseráveis.
Mas antes do fim;
Banhe-me os lábios
com teu beijo pútrido e carnoso
para provar minha santidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário