9.4.14

Luso

Quero prender os teus beijos 
num papel de bala amassado.
Sentir teu gosto agridoce 
fazendo samba no meu palato.

Venha nu.
Curtido no álcool.
Perdido, caído...

Suposto filho de Baco:
Luso que cria um povo,
uma língua.

Língua que roça 
no bico de um seio cru,
feito o fogo roubado
que alimenta a fome de vida do homem! 

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