27.6.14

Ser em tu

Esta tua profundeza que me suga com os olhos.
Deixe-me ao menos o direito de sorrir. 
Fique mais um pouco,
mas não olhe assim. 

Lembre-se do corpo moreno,
que por decreto dos poros,
decidiu rolar junto ao teu pelo chão. 

Não pretendo cobrir teu peito de remador.
Nem transfundir meu sangue para as tuas grossas veias.
Nem muito menos te dedicar os meus  anos boemia.

Quero sentir o vento forte me soprando no umbigo.
Cair de bêbada em teu dorso.
E entre o satélite e a estrela; 
assuntar o uivo, o chocalho, teus gemidos...

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