Acendo um incenso e fumo um cigarro,
as fumaças se misturam e se perdem no breu
da madrugada.
Pego um disco e coloco na vitrola empoeirada,
me sento no canto da sala fico a escrever.
Penso em tudo e não penso em nada.
Brigo com o gato e depois fico calma.
Volto a escrever.
Escrevo pouco, quase nada.
Fecho a janela e deixo as fumaças
presas comigo.
Penso, escrevo, trago, ouço e sinto.
Alimento o gato e dou água ao pequeno cacto.
Vou para o quarto
e tento me encontrar com Hipnos,
nem ele da jeito em minha insonolência.
Tenho insonia de criança,
insonia que não passa de sono adiado!
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