16.6.15

Passando...


Agora amarrada ao tempo.
Sem a desculpa de ser menina.
Me intitulo vespa demente.
Voando para lábios manchados.
Deixando no espaço
resíduos de antigos versos.

Com o perdão da língua:
Sou criança cadente.
Com brilho de estrela roída.
Beijando cantos minguantes.
Sorrindo pouco.
Engolindo o mundo com os olhos...

Estou no agora, 
no quase,
no instante,
em você.

Num descuido de sentir, 
me tenho em frangalhos.
Com o coração na garganta,
a ideia nos pés
e um nome engolido.