6.3.24

Relato cotidiano

      A gentileza é e sempre será a primeira qualidade a ser descartada. Muito bonitinha para se falar sobre, mas sem muita função. Quando muita é repudiada, quando pouca é sentida e acolhida, afinal a falta do ser gentil o torna mais forte, desapegado, atrativo...              Pinga mel na minha boca e me deixa sentir ilusões, me faz esquecer da vida difícil, do tempo cruel,  me acolhe como pode, dança comigo, deixa eu cair na ilusão de ser única. Amanhã eu vejo oque fazer com essa miscelânea de emoções. Para hoje eu só quero o doce, de você eu quero o Id, o abraço, o apego, tudo aquilo que você chama de imprudente; a carne crua, o sal da lágrima, o sentimento ameno, o gentil do ser...

6.5.23

Sobre ela

Entre conflitos e teu riso 
Nos mantemos juntas,

A tua contradição de fato me atrai
Me faz tua por você ser minha.

Saber que no teu abraço me encontro 
É oque me da coragem para ir além de nossos erros e acertos...

Te querer talvez não seja o suficiente 
Então para o nosso agora a palavra que vem quando toco tuas mãos, é amor!

Nosso tempo

Não existe outro motivo além de vaidade:

Te quero!

Dez minutos, 
Três meses,
Quem sabe até alguns anos...

Te ver no hoje, ainda que de corpo cansado
E uns alguns anos mais triste. 
Me deu vontade te viver um bocadinho mais;

De te olhar nos olhos,
Ir além:
Do riso aos poros 
Do beijo ao todo!




16.3.23

cronica

Sem marcas, apenas lembranças, não da noite passada e  sim de um conjunto de vivencias, velhos hábitos, coisas que poderiam ser diferentes.
     Saudade de mim, da minha presença viva, do meu eu, que raramente aparece, me reprimo, mordo a língua, tomo mais uma.... respiro como quem sente dor. Ainda que eu seja um personagem, me sinto presente, me olho nos olhos, me encaro, sei que estou perdida entre as linhas de uma historia, pois quando falo, salivo as palavras, sinto letra por letra  entre o meu palato mole e minha língua.
     Dura feito pedra, carne que um dia quis ser flor. Devoro toda a minha ideia, estou inundada de algo que nem deveria existir,  algo que um dia acreditei que fazia parte de mim...
   

Breve carta

  • Ainda que seja tarde, te escrevo para dizer que ando bem, é claro que Ainda sinto saudade e amor, mas estou melhorando, ando tendo problemas maiores do que isso que chamo de vida sentimental. O que consigo dizer sobre o agora é que por dentro nada mudou de forma radical, conheci novas pessoas, novas bocas, novos corpos, algo comum, socializei da forma que pude. Você sabe que faço isso bem, mas tenho o costume de evitar, talvez pelo fato do meu inconsciente ser egocêntrico e acreditar que nada vai mudar, pois as pessoas são vazias e não estou disposta a explicar nada sobre a minha vadiagem emocional à pessoa alguma. Essa minha vaidade é o que de fato destrói, mas tive que fazer isso, não tive muitas escolhas: ou morria de amor, ou agonizava em silêncio, fiquei com a segunda opção, mas sempre desabafo em cartas, cartas mortas que jamais terei a coragem para te enviar! Guardo em mim a tua parte boa, o nosso passado feliz, as nossas tantas conversas, a paixão em versos tortos, o teu beijo com gosto de cigarro mentolado que eu tanto odiava, amo até o que um dia chamei de defeito, sinto falta de você por completo, mas não do você atual, amo a tua lembrança, os nossos momentos carinhosos, mas não a tua transformação, a tua idéia... infelizmente não fui capaz de acompanhar a tua mutação, mas ainda sim consigo dizer que te amo sem nenhum arrependimento.

8.3.23

Levando

 Queria eu cantar com calma sobre o futuro!

Queria muito não sentir medo, me fazer capaz.

Mas tudo no hoje dói.

O sonho se desnutri,

O brilho falha...

E assim vai; vivendo porquê tem que viver

Amando porquê precisa amar...

Existindo para manter existência.

E se fazendo útil para não ruir...


Vida é dor pra mais de metro!


30.10.20

Teu jeito de amar

 Cruel, 

Quase que me rouba o verso!
O lírico de minhas ideias torcidas...
Me deixando presa numa prosa abafada,
Numa vontade roída,
Neste meu corpo já moído
 De uma vítima que insiste em não morrer...

Para Francisco

 

Eu sempre te quis 
Mas admito que quando chegou, 
Fez de mim o avesso do quê pensei que eu fosse...

Você me trouxe o ar,
Me deu um novo mundo.
Mesmo pequenininho, 
Conseguiu abrir os meus olhos.

Me fazer adulta dentro da minha maturidade dos vinte cinco!

Hoje todos os meus sonhos são teus
Meu riso mais puro é para você,
Minhas doces palavras,
Meu peito,
Meu colo...

Tudo em mim, agora é teu. 
E tudo além que eu puder te dar também.

Pois sou feliz em dizer que te pertenço, 
Meu amor que de mim veio!

14.2.20

Essência

A mulher poética
Que salta de minhas veias
Não tolera desacatos,
Desafetos...

A mulher que sou durante a luz
É cheia de mágoa, doída...
Carrega isso nos olhos,
Mas não espalha,
Se contrai, se rói,
Faz de conta que é cócegas,
Logo passa....

Tudo passa,
Ideias torcidas,
Ilusões amorosas,
Lua minguando...

Tudo passa,
Não com o tempo,
Mas com a vontade,
Mesmo com melindres
E lágrimas quase que de sangue,
Tudo se evapora e o que resta
É ser!

16.11.19

Desleixo

É da minha natureza 
Trazer a culpa para mim.
Ter consciência que só eu posso me ferir...

Ser essa explosão emocional,
Esse emaranhado inconstante,
Quase inconsciente.

Que faz oque deve ser feito.
Que mata no peito e morre tentando...

Me acostumei em ser culpada, errada pecadora...

Em ser punida pela minha própria natureza.

Mas eu aguento; as vezes chorando, as vezes sangrando...

Eu aguento!