25.8.19

Giro

Oque consigo dizer com certeza é:
Não te amo, mas poderia ter me esforçado.

Nuca quis te amar, te quis em matéria,
Porém a mentira nunca escapou dos meus lábios.

Não faço drama,
Minha novela é a existência.
O viver com a consciência de que se matar é pecado.

Não tenho tempo para gastar com coisa pouca,
Com o mínimo, que não me interessa.

Meu problema de fato é aceita que a minha verdade me consome.

Meu egoísmo é acreditar que só eu posso magoar.

Desafeto

Queria eu me dar o prazer
De esquecer o teu nome,
Tua face,
Tua ideia.

Teu corpo por outro lado,
Não me deixou saudade.
Algo comum
Que um dia amei unicamente por ser teu.

Desejo um dia ser tão seca ao ponto de não sentir nem ódio,
Repulsa, nojo, asco...

Quero simplesmente não sentir nada.

Não sentir as tuas palavras duras
Atravessando as minhas ideias,
castrando as minhas vontades...

Quero me libertar da ruindade,
Da maldade que você me apresentou.

Quero ser eu.
Sem atropelo de ideias corrompidas.
Sem esporro.
Sem crueldade...

Vermelho

Ainda que te queira além da matéria
São muitos passos,
Muitos mundos num moinho de sonhos...

A miscelânea dos meus pensamentos
Talvez te assuste,
Estranho é acreditar que você gosta.

Quem sabe num beijo perdido
Que roubei dos teus lindos lábios
Maleáveis e sedentos...

Da minha pouca sanidade que escapou entre os meus dedos sugados.

Ou até mesmo de nossos corpos,
Trocando fluídos, miudezas emocionais
E outros resíduos.

Experiencias trocadas, torcidas, miadas...

Tudo se transforma e quem sabe um dia eu venha ser tua flor ou tua semente...