1.3.16

Um tanto do menos Parte I

 
 

     Quero falar sobre o indivíduo, o mínimo, ralo, o nada raro. Quero falar de mim, sem pedir perdão, a palavra  hoje me pertence... Estou tratando de mim, afinal: Cada um tem o divã que merece! Faço do meu desabafo escrito, algo que um dia há de me engolir, o que me livra hoje, me condenará amanhã, não por arrependimento ou desgosto e sim porquê eu não paro, a minha mudança é frequente, nem os meus sentimentos permanecem, não que eles morram, só se transformam.
     Admito que sou multável, mas foi a forma que eu encontrei para continuar respirando, não sei muito bem o motivo, mas nunca me senti totalmente entendida e isso as vezes faz falta, só as vezes. Detesto a ideia que as pessoas tem de tentar enxergar o que está nas entrelinhas, por isso que muitos se perdem, tentam encontrar nos outros as respostas para os próprios problemas. A ideia de criar vínculos serve para facilitar a vida, acalmar os passos, aprender, ensinar, amadurecer dum jeito leve e não para descarregar misérias, traumas, desilusões... Isso vez ou outra, pode ajudar, mas ninguém nasceu para ser "poluído".