6.5.23

Sobre ela

Entre conflitos e teu riso 
Nos mantemos juntas,

A tua contradição de fato me atrai
Me faz tua por você ser minha.

Saber que no teu abraço me encontro 
É oque me da coragem para ir além de nossos erros e acertos...

Te querer talvez não seja o suficiente 
Então para o nosso agora a palavra que vem quando toco tuas mãos, é amor!

Nosso tempo

Não existe outro motivo além de vaidade:

Te quero!

Dez minutos, 
Três meses,
Quem sabe até alguns anos...

Te ver no hoje, ainda que de corpo cansado
E uns alguns anos mais triste. 
Me deu vontade te viver um bocadinho mais;

De te olhar nos olhos,
Ir além:
Do riso aos poros 
Do beijo ao todo!




16.3.23

cronica

Sem marcas, apenas lembranças, não da noite passada e  sim de um conjunto de vivencias, velhos hábitos, coisas que poderiam ser diferentes.
     Saudade de mim, da minha presença viva, do meu eu, que raramente aparece, me reprimo, mordo a língua, tomo mais uma.... respiro como quem sente dor. Ainda que eu seja um personagem, me sinto presente, me olho nos olhos, me encaro, sei que estou perdida entre as linhas de uma historia, pois quando falo, salivo as palavras, sinto letra por letra  entre o meu palato mole e minha língua.
     Dura feito pedra, carne que um dia quis ser flor. Devoro toda a minha ideia, estou inundada de algo que nem deveria existir,  algo que um dia acreditei que fazia parte de mim...
   

Breve carta

  • Ainda que seja tarde, te escrevo para dizer que ando bem, é claro que Ainda sinto saudade e amor, mas estou melhorando, ando tendo problemas maiores do que isso que chamo de vida sentimental. O que consigo dizer sobre o agora é que por dentro nada mudou de forma radical, conheci novas pessoas, novas bocas, novos corpos, algo comum, socializei da forma que pude. Você sabe que faço isso bem, mas tenho o costume de evitar, talvez pelo fato do meu inconsciente ser egocêntrico e acreditar que nada vai mudar, pois as pessoas são vazias e não estou disposta a explicar nada sobre a minha vadiagem emocional à pessoa alguma. Essa minha vaidade é o que de fato destrói, mas tive que fazer isso, não tive muitas escolhas: ou morria de amor, ou agonizava em silêncio, fiquei com a segunda opção, mas sempre desabafo em cartas, cartas mortas que jamais terei a coragem para te enviar! Guardo em mim a tua parte boa, o nosso passado feliz, as nossas tantas conversas, a paixão em versos tortos, o teu beijo com gosto de cigarro mentolado que eu tanto odiava, amo até o que um dia chamei de defeito, sinto falta de você por completo, mas não do você atual, amo a tua lembrança, os nossos momentos carinhosos, mas não a tua transformação, a tua idéia... infelizmente não fui capaz de acompanhar a tua mutação, mas ainda sim consigo dizer que te amo sem nenhum arrependimento.

8.3.23

Levando

 Queria eu cantar com calma sobre o futuro!

Queria muito não sentir medo, me fazer capaz.

Mas tudo no hoje dói.

O sonho se desnutri,

O brilho falha...

E assim vai; vivendo porquê tem que viver

Amando porquê precisa amar...

Existindo para manter existência.

E se fazendo útil para não ruir...


Vida é dor pra mais de metro!