16.3.23

cronica

Sem marcas, apenas lembranças, não da noite passada e  sim de um conjunto de vivencias, velhos hábitos, coisas que poderiam ser diferentes.
     Saudade de mim, da minha presença viva, do meu eu, que raramente aparece, me reprimo, mordo a língua, tomo mais uma.... respiro como quem sente dor. Ainda que eu seja um personagem, me sinto presente, me olho nos olhos, me encaro, sei que estou perdida entre as linhas de uma historia, pois quando falo, salivo as palavras, sinto letra por letra  entre o meu palato mole e minha língua.
     Dura feito pedra, carne que um dia quis ser flor. Devoro toda a minha ideia, estou inundada de algo que nem deveria existir,  algo que um dia acreditei que fazia parte de mim...
   

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