11.7.13

Todos os gostos do mundo

Tenho na língua todos gostos do mundo.
Guardo todos, por puro prazer.
Faço comparações, notas, poemas.
Acho excitante a ideia descendo fria pela garganta.
 
Talvez a ideia seja um suco.
Uma fruição.
Um sopro.
Mas não.
 
A ideia é uma pequena ferida aberta.
Cujo o melhor é remédio, é uma boa chupada.
É beber de teu próprio eu.
Provar de tua própria carne.

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