17.8.13

Cru

Tenho olhos cansados.
Avermelhados.
Doídos.

Faço do violão meu amigo.
Meu descarrego.
Minha miséria.

Não danço mambo.
Não me penteio.
Não sou bom moço.

Reparo o inútil:
O poema.
O confuso.

Sou uma prosa.
Um velho.
Um bandido.

(Uma singela homenagem ao cantor e compositor Sérgio Sampaio)



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