20.10.13

Olhos e cachaça

    Fiz oque todo homem sensato evita. Não, não estou falando de troca-troca nem de nada parecido, se fosse isso estava fácil, mas problema fácil não para mim, quando me fodo é por inteiro. E foi nesses extremos de betequim que mirei para olhos miúdos e amendoados. Na verdade olhei primeiro para as pernas, aquele par de pernas compridas e fortes me chamaram a atenção, mas vamos esquecer disso e continuar olhando para os olhos antes que meu garoto comece a subir, sim, chamo meu pênis de garoto, o trato como um filho único e querido, afinal ele cumpre muito bem com suas obrigações de pau. Mas estamos falando dela, perco o foco com facilidade. Continuando... Aqueles miúdos olhos amendoados marcados com um lápis preto e acompanhados por um par de olheiras muito me cativou, não sei muito bem, mas admiro mulheres com cara de ontem, aquela coisinha relaxada de maquiagem borrada e com cara de bêbada sonolenta lembra-me uma puta das antigas, sim aquelas de meretricio, que passavam a noite dançado, cantando, bebendo e fodendo. Não eram chatas com as de hoje que acham que só o fato de abrir as pernas já é alguma coisa. Não vivi neste tempo, mas lembro-me das histórias de meu avô, Folião vira-lata destes que faziam do corpo feminino uma especie de manta, amou uma unica mulher, mas vamos ser realistas, amor nunca castrou pessoa alguma. Hoje sinto-me meio castrado, desconfio que perdi meu juízo em meu ultimo orgasmo. Como eu, justo eu, cai nessa macumba de amor? Não sou homem de fé, mas quando se trata de amor todo e qualquer homem se apega em alguma entidade. Cachaça estragada só pode. Encantei-me por uma poeta e agora é assim: eu a faço de amada e ela transforma minha cara amassada em poema. Vou tomando até a ultima gota, vamos ver quem cai primeiro.

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