24.11.13

Figura

Sinto dor e prazer 
com teu beijo.
Puro luxo sinestésico 
de minha carne.

Venha!

Salive minha epiderme com gosto de ópio,
o suposto pecado que habita entre minhas pernas.
Que vai além e não hipérbole. 

Não me venha dando de ombros.
Não sopre em meus ouvidos teu doce eufemismo.

Entenda:
Sou a metáfora de teu delírio.
A prosopopeia de tua ideia inanimada. 
A metonímia de teu poetar.

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