27.3.14

Poesia-me

Coturnos com biqueiras gastas.
Aquelas bolhinhas no calcanhar.
Um poema com teus olhos.

Teus malditos olhos
que não me querem
nem por reza,
nem por flor.

Não pergunte aqui 
o sentindo de ser;
Estamos num estado nulo:

Sob as vistas de um deus impotente.
Sobre o dorso de um diabo rosetado. 

Numa ideia, 
cujo o carmim se desbota com os ventos
e nos leva de arrastão 
para à barca que nos faz flutuar
entre o filete de vida
e o suposto fim, na massa enrustida.

Ultimo suspiro de uma infeliz;

Nem cisco põe 
nos malditos olhos 
do bem-amado...

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