23.5.13

Borboleteando

No voo sórdido 
de borboletas aporrinhadas.
Vejo-me bonita.

Suspirando de olhos abertos.
Desprezando a desgraça humana.
Sonhando com os pés no chão.

Faço-me de estrela.
De noiva doente.
De mulher insensível.

Bebo o amargo da vida.
Beijo lábios rasgados.
Trepo em fevereiro com santos impuros.

Viro-me do avesso.
Faço-me de morta.
Encontro-me louca pisando em teu solo.

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