6.5.13

Nostalgia

Saudade de tempo nu.
Quando corpos se entrelaçavam,
sem angustia ou dor.
Com as pernas  sujas de terra.
Os olhos manhosos.
Os seios duros, fartos e corados
são chupados pela linguá do poeta amado
que esconde entre os dentes falhos a desgraça 
de seu legado.
A lira toca, desfaz a dor.
As posições mudam.
A noite se acaba.
Os olhos se apertam.
As pernas se desenroscam.
O poeta acorda.
Caído na cama repara:
Tudo que sentiu, foi nostalgia.






Nenhum comentário:

Postar um comentário