23.2.14

Dengo meu

Sonhemos aqui com o impossível.
Deixe-me chapar nesse teu cangote.
Na tua boca com gosto puro de cerveja e erva.
Sugue-me para dentro de tua desgraça.
Aperte-me com as mãos delicadas e ainda sim fortes,
com pequenos calos por conta da baqueta.

Venha para minha garupa.
Meus lábios.
Meu eu...

Só não demore muito. 
Pois para ti:
Só tenho a eternidade!

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