11.6.14

Transfiguração

Roendo os dias 
para então quem sabe,
morrer de amor.

Guardo nos olhos castanhos,
teu olhar trincado,
mirando para o novo mundo.

Emaranhe tuas ideias nas minhas. 
Prove do doce.
Debulhe nas cordas da tiorba...

Estamos quem sabe na mesma paqueta.
No mesmo mar
que nos arrasta em reboliço para o nada.

O sopro dos bons ventos
talvez nos leve para o além.
Nos transforme em palavras.

Uma nova língua
para roçar nos palatos gastos
 e se perder nos dialetos esquecidos.

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