30.11.12

Navalha

Depois de tantas despedidas.
Nos reencontramos no mesmo bar. 
O rosto barbeado, levemente cortado.
No olhar, aquele velho e bonito cansaço.
Confesso: Mais uma vez me encantei.
Mesmo com todos os nãos, 
me perdi em um único sim.
Sim este que me fez tua presa.
Me rasgou o embrulho,
feito navalha amolada.
Fui teu brinquedo.
Tua carne.
Teu corpo.
Hoje, sou tua.
Sem acréscimos, 
só tua.

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