2.1.14

Apiáceae

Sirva-me com dois dedos de cicuta,
Uma poesia falha,
Um canto podre.

Não estou aqui para dar ou receber conselhos.
Estou aqui para cuidar das pontas de teu bigode em flor.

Vamos; dê dois tragos.
Uma dentada nos lábios.
Um enroscar de pernas.

Taí, tua coragem sem sorte
dando cria mais uma vez.

Esqueça teu deus pagão
que ilude os teus olhos com a morte. 

Pague teus pecados com pinga.
Ajoelhar-se? 
Só se for para favorecer teu gozo 
e de outro.

A cruz está ali:
Prata.
Pólvora.
Corpo.
Ódio.

Não aceite documento,
pai ou mãe.

Queira mais.
Não queira nada.

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