7.1.14

Morrerá por ser eterno

Levo na mala vermelha
cantos de terra batida.
Dez cordas de aço sofridas.
E uma patativa,
que está ali por momento.

No peito carrego teus olhos.
Aquela meninice:
Voz aguda.
Lábios torcidos.

Morrer por ti?
Nunca!

Morrer por teus olhos?
Faço isso enquanto suspiro.

Mas sempre volto;
Só para ter o gostinhos
de erva e cachaça
atravessando e atravancando
minha garganta mais uma vez.

Pois morrer pode ser o fim.
Ou quem sabe;
A tramela da porta
de uma vadia em cetim
que te arrasta para á eternidade.

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