14.7.14

Átimos

Não meu amor,
Não sou a hipócrita
Que te promete uma vida de riso.
Sou de sonho e sangue.
Não prometo-te nada além de meus punhos de carne 
e desajustados desejos.

Amo-te com poros e nervos;
Não vou te privar da dor, da felicidade,
Da angustia encavalada,
Do canto dos passarinhos,
Da viola dos amadores
E nem dos carinhos de outras tantas.

Quero que beba de todas as fontes,
Prove do mel e do fel.
Sinta entre as narinas o cheiro da imensidão.
Para quem sabe um dia intitular-se feliz, 
Não na vida,
Mas no momento...

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