10.7.14

Sagrada

Nas curvas de minhas tantas vontades,
Perco-me nos reflexos de meus olhos.
Reparo de dentro para fora.
Sinto o cheiro da terra. 
Me apego aos meus orixás.

Danço em todos os cantos.
Vou desatinando, 
Desviando nas bocas.
Fazendo fumaça.
Cantando pra Exú.

Me espalho no catimbó.
Suspiro nas Juremas.
Vou de costas.
Confio no meu querer.
No meu passo viciado
Que uma vez por ano me mata na avenida. 

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