21.9.12

De tanto que choveu

Choveu tanto.
Nem saí de casa.
Medo de me molhar.
E me desmanchar.
Sou de açúcar.
Não aguento chuva.
Me tranquei no quarto.
E observei as gotinhas na janela.
As poças no quintal.
E as flores no jardim.
De tanto que observei a chuva.
Me entristeci.
Não pela chuva.
Mas por mim.
Larguei a tristeza no quarto.
Desci as escadas correndo.
Levei uma queda, levantei.
Corri para chuva.
Abri os braços.
Fechei os olhos.
E rodei até cair.
Me senti tão bem.
E acabei me desmanchando,
em prazer.
Prazer aguado.
Prazer molhado.
Prazer meu!

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