27.9.12

Eu-lírico

Meu eu-lírico anda tão quieto.
Tão sem vida.
Tão sem luz. 
Respira por obrigação.
Vive calado.
Largado e pensando.
Aquele que fazia poesia 
até com espirro.
Não faz mais verso.
Nem rima.
E nem trova.
Hoje se resguardou.
O que houve com meu menino
de riso frouxo?
Talvez seja, falta de amor.
Ou falta de fantasia.
Ainda não sei.
Ele se trancou.
Se reservou.
Nem para mim nada contou!

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