12.9.12

Sangue do mundo

O sangue de meu corpo acabou-se.
Não me resta mais nem uma gota.
O que corria em minhas veias foi derramado.
Derramado como lágrimas.
Derramado de meus olhos.

Uma ferida profunda.
Não foi de amor.
Amor não fere.
O que fere é o desamor.

Meu sangue quente,
virou lago.
Lago que corre,
por toda frieza do mundo.

Talvez a pureza desgraçada 
de meu sangue,
ajude a combater a imundice 
do mundo gelado!

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